Preocupações
Após a morte do filhinho de 3 anos de uma colega de trabalho por causa de complicações da catapora, fiquei muito preocupada em vacinar os meninos. Das vacinas fora do calendário do governo, a única que realmente daria aos meninos seria a de catapora. Aí, comecei a pesquisar os preços nos laboratórios e a idade mínima para aplicação. No primeiro lab que liguei a atendente indicava a vacina para crianças a partir de 9 meses, no outro a partir de um ano, mas já davam com 9 meses sendo uma dose com 9 meses e outra com 12 meses. Aí, fiquei com a pulga atrás da orelha e mergulhei no google em busca de respostas.
O fabricante da vacina varilrix contra catapora indica na bula dose ÚNICA para crianças a partir de 12 meses. Pesquisei em sites médicos e a mesma indicação aparecia. Não encontrei nada se referindo a vacinação de bebês de 9 meses. Contudo, encontrei na bula bem explícito que a criança que tomasse a tal vacina não poderia tomar remédios como AAS(ácido acetil salicílico). O Guilherme toma AAS desde que teve alta da UTI por conta da dilatação na coronária. Assim, pelo que eu li, ele não poderia de jeito nenhum tomar a tal vacina.
Há uns dias, algo tem me incomodado para procurar um médico “decente” para acompanhar o Guilherme. A médica “especialistíssima” na doença, Dra. Cristina Magalhães, é péssima no trato com o paciente e sua família. Aí, coloquei a cabeça para funcionar e pensei que depois do Kawasaki, a especialidade médica mais indicada era a cardiologia. Procurei recomendações de médicos aqui do trabalho e fomos parar no INCOR-DF. Antes, pesquisei o currículo do médico no site do CNPQ e me pareceu muito gabaritado, só faltava saber se no trato com o paciente era tão bom quanto nos títulos acadêmicos.
Gostei do médico, rs... Para isso acontecer é dificílimo, pois sou extremamente criteriosa e a maioria dos médicos que encontro é muito ruim. Quando não pecam pela falta de conhecimento, pecam na parte humana da coisa. Não tenho visto muita diferença entre os médicos que aceitam convênio e os que cobram R$ 200,00 a consulta.
O que descobrimos é que o Guilherme tem duas coronárias dilatadas e não apenas uma como a médica anterior havia falado. O médico suspeita de um aneurisma que deverá checar num novo ecocardiograma na sexta-feira que vem. Apesar disso, ele nos disse para não nos preocuparmos, para continuar com o AAS até 2 anos , pois o mais difícil já havia passado. Agora, o importante era a monitoração e no futuro o cuidado maior com as taxas de colesterol e triglicerídeos do Guilherme. Quanto à vacina, o médico não vê necessidade de dá-la ao Guilherme e me tranqüilizou quanto ao AAS que na dosagem que ele toma não oferece nenhum risco para desenvolver a doença de Reye (uma longa história...).
Fiquei preocupada, pois eu achava que a dilatação regrediria completamente, mas o médico já nos alertou que em casos de Kawasaki não se fala em cura completa e o tratamento seria para não aumentar o aneurisma coronário. Isso me entristeceu, por pensar que o Guilherme carregará o problema por toda sua vida. Contudo, não vou deixar meu pensamento me levar para o campo do “por que comigo”, pois acho que na vida ninguém está acima de ninguém para que coisas ruins não aconteçam. Por mais que o Luciano Huck pense, rs... A todos acontecem coisas boas e também coisas ruins. Fazer o quê? Bola pra frente. Se estou satisfeita? Não mesmo, mas também não dá para ficar me lamentando. Outra coisa que detesto é aquele tipo de frase: podia ser pior. Afe! Mas também ele podia nunca ter tido essa maldita doença, raios! Deixa pra lá. Bola pra frente.
Dudu é só meu. À tarde, a babá, minha sogra, Dudu e Guilherme desceram para brincar debaixo do bloco. O Dudu avistou um bebê no carrinho e logo correu para beijar seus pezinhos. Na hora que o Dudu beijou o pé do bebê, o Guilherme que estava no colo, começou a chorar de ficar com o rosto todo vermelho. A babá disse que o menino só se calou depois que o colocaram no chão e ele grudou no Dudu. Será que foi ciúme? Será que ele acha que o Dudu é só dele? Rs... * Bate palmas. O Guilherme aprendeu a bater palmas direitinho há uma semana e meia. Ontem, estávamos com ele no colo, conversando com um senhor e eu disse ao homem: - Parabéns! Foi o suficiente para o bebê começar a bater palmas, rs... Comando: Parabéns. Ação: Bater palmas. * Briga, ri, fala. O Guilherme "fala" o dia inteiro e alto como uma maritaca. Quando quer um DVD, fala: - Dedede. Depois, procura a caixa do DVD que passa na TV, uma por uma até encontrá-la, jogando as outras no chão, arremessando por trás da cabeça, rs... Agora, cismou de brigar quando o Dudu está sentado de castigo por querer que o irmão brinque de correr. Fica vermelho de raiva! Já vi que o menino é temperamental, basta não deixá-lo fazer algo para que encene raiva com bico e lágrimas. Às vezes fica até "magoado", rs... Nisso o Dudu era diferente, pois eu dizia não e o menino fazia do mesmo jeito. * Guilherme pop. Descobri o segredo para que o filho seja sociável: é vc não querer que ele seja. Rs... O Guilherme agora se exibe pra toda e qualquer pessoa assim como o Dudu fazia. Afe! Ontem, estávamos esperando atendimento e o bebê começou a encarar uma moça que também esperava. Depois estendeu a mão na direção dela. Eu o segurei pensando que não a deixaria pegar em suas mãos, pois mostrava-se visivelmente gripada. O Guilherme começou a se remxer querendo ir ao chão. Assim que o coloquei, o menino se desembestou em direção à moça. O agarrei a tempo e dei a desculpa de achar que ele cairia. * Não sou do tipo "mãe germe-free", mas como o Guilherme é mais sensível, teve Kawasaki, tento não deixá-lo tão livre como eu gostaria de fazer. O Dudu foi criado andando descalço em tudo quanto é lugar propositalmente para desenvolver anticorpos. Contudo, tenho medo de fazer o mesmo com o Guilherme. Aí, a neura aparece. * Alergia à picada de insetos. Continuando minhas tendências neuróticas dos últimos tempos, cismei que o Guilherme podia estar com catapora. Mesmo sem parecer, o menino aparecia com uma pintinha nova a cada dia. Tinham a aparência de picada de inseto, mas vcs sabem como sou, né? Consegui um encaixe com um dermatologista depois de quase chorar para secretária e rumamos para tentar descobrir o que eram aquelas "coisas". O médico olhou e perguntou: - Tenho duas notícias, uma boa e uma ruim, qual vcs querem primeiro? A boa é que não se trata de catapora. Ufa! A ruim é que é alergia. Qual seria pior, catapora ou alergia? Não consegui me decidir. Toda vez que ele receber uma única picada de inseto, a reação do organismo fará com que fique todo salpicado de pontos alérgicos. Tratamento? Repelente e em último caso, anti-alérgico oral. Evitar pomadas anti-alérgicas por causa dos corticóides. - Para sempre? Talvez com 3 anos o sistema imune do Guilherme não reaja com tanta intensidade e a alergia diminua. * Beijos a todas.
 Às 10:27
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