Raul
O Guilherme inaugurou de vez sua fase bagunceira. Ao pedir o relatório do dia para a Lú, a moça arregalou os olhos e começou a narrativa: - O Guilherme aprontou feio...
Em segundos tentei imaginar o que aquele bebezinho com carinha doce poderia ter feito de tão grave. Rs...
Ela contou que após o almoço (nesta hora estava sozinha com os dois meninos), Dudu pediu para dormir no carrinho: - “Quéio dumi no cainho”!
Péssimo costume de dormir empurrado no carrinho, fazer o quê... Nisso, a babá colocou o Guilherme na cadeira preso aos cintos de segurança, ligou o DVD para o bebê assistir enquanto ela ajeitava o Dudu.
Contudo, aqui começa o episódio de hoje, rs... O Guilherme começou a fazer vômito. Ele aperfeiçoou tanto o método que hoje, para vomitar não precisa nem enfiar os dedos na garganta. Basta abrir a boca e forçar: - Rauuuuul, rauuuuul...
Como o menino não é bobo e choramingar não surte muito efeito, ele descobriu nosso ponto fraco, quando vomita consegue atenção, aí o moleque se dana a “chamar o raul” até que alguém o pegue no colo. Presta um serzinho desses? Rs...
A Lú, moça com um quê de barata tonta, largou Dudu e pegou o Guilherme no colo. E agora “Jusé”? Como colocar o Dudu para dormir sem que o Guilherme vomite todo o almoço?
Surge a brilhante idéia: Empurrar o carrinho do Dudu com uma mão e segurar o Guilherme no outro braço. Idéia perfeita se o Guilherme colaborasse, rs...
O bebê percebeu a aflição da babá e bastou o primeiro empurrão no carrinho para ele gritar bem alto: - Ê!
Os meninos estão criando um conjunto de sinais, olhares e linguagem fraterna própria para as bagunças. Rs... O grito do Guilherme desencadeou uma gargalhada do Dudu.
- Shiiiiiiiiii! Babá implorando.
- “Quéio dumi”!!! Dudu reclamando.
- Rauuuuul, rauuuuul... Guilherme fazendo vômito.
- Hah, hah, hah, hah... Dudu gargalhando.
- Não Gui! Babá de cabelos em pé.
- “Quéio dumi no coêdô”!!! Dudu pedindo para dormir no corredor.
- Rauuuuul, rauuuuul...Guilherme fazendo vômito de novo.
Plano B. Quando nada mais dá certo, jujuba neles, rs... A babá colocou novamente o Guilherme na cadeira de refeições mesmo sob protestos vomitados do Guilherme. Correu até a geladeira e entregou algumas jujubas para o bebê. Como por encanto, o Guilherme se transformou num ser angelical, rs...
Assim, a babá conseguiu empurrar o carrinho, o Dudu dormiu e o Guilherme ocupou sua boca com balinhas no lugar do vômito. Rs...
Talvez não devesse, mas achei muito engraçado o fato do Guilherme, um bebê de 1 ano e 1 mês conseguir aprontar tanto. Rs... A Lú me contou essa história e o Guilherme ficou gargalhando no maior descaramento, rs... Tem base?
A Lú terminou a história tentando buscar uma explicação para tanta molecagem e a teoria dela é que só pode ser genético. Rs... - Vc ou o Rubens eram assim quando crianças?
Fiquei rindo e disse que podiam ter puxado aos tios. Não tive certeza para negar que eram parecidos comigo quando criança, rs...
Pensei na danação dos meninos e se deveria colocar pelo menos um deles na escola. Rs... Veremos o que o futuro nos aguarda.
É, a babá realmente será canonizada: Santa Lú, a babá dos meninos danados. Rs...
 Às 10:21
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