Independência
Ontem, pela primeira vez, com 1 ano e 5 meses, o Guilherme fez cocô no vaso. Imaginem minha empolgação, rs... * Há alguns dias, pedi à babá que começasse a treinar o bebê no vaso e ontem quando cheguei tive a grande surpresa. A babá me contou que quando o Guilherme começou a querer fazer cocô, ela o levou ao banheiro, o sentou no redutor sanitário e deu-lhe um livro. O menino ficou sentado direitinho, pois até então, quando o sentávamos no vaso ele chorava e pedia para sair. “Leu” o livro, leitura dinâmica: passou as páginas fechando o livro e dizendo “CABÔ”. * Quando o coco bateu na água, o Guilherme exclamou: - Cocooo! Depois deu até tchau para seu produto que descia com a descarga, rs...
A babá me contou tudo isso na frente do Guilherme, enquanto ele estava no meu colo. Eu pulava, abraçava, ria e gritava tanto com esse menino no meu colo...vcs sabem como sou empolgada...rs...que vi a satisfação do Guilherme rindo e pulando também. Eu não consegui parar de dizer como ele era sabido, lindo, maravilhoso, que estava orgulhosa e etc... Uma farra doida só por causa de um coco...rs...
Nesta hora, o Dudu ficou olhando de fora do quarto e em segundos tive medo que ele ficasse com ciúmes, mas aquele momento era do Guilherme. Continuei paparicando o Guilherme e torci para o Dudu não ficar chateado, rs... Depois de acabar a farra, peguei o Dudu no colo e disse a ele como era legal o Guilherme ter conseguido usar o vaso e tal e tal. Eu o beijei e o abracei muito. Nós três fomos pular na cama do Dudu, rs... Os meninos brincaram alegremente, sem disputa ou choros de ciúmes. Ufa, deu certo!
Mãe de segundo filho. Apesar de não desejar que o Dudu se sentisse preterido enquanto eu comemorava a vitória do Guilherme, é claro na minha cabeça que não posso minimizar minha empolgação com as conquistas do segundo filho pensando no ciúme do primeiro.
Principalmente, porque cobro muito de mim uma atuação melhor do que a que ando tendo como mãe do Guilherme. Às vezes penso que fui melhor com o Dudu que com o Guilherme.
Ao contrário das muitas mães de segundo filho que conheço, eu acho que piorei. Sempre me diziam que o segundo filho é criado mais solto, contudo acho que prendo mais o Guilherme que prendia o Dudu. Muitas vezes, me sinto mal por não ter tanta paciência como antes. Sempre fui da opinião em que criança deve ter a chance de pegar, experimentar, quebrar, subir/descer, ser estimulada para aprender, em resumo ser criança.
Desde bebezinho, sempre deixei o Dudu “se sujar” em prol do desenvolvimento dele. Comecei a dar o prato de comida e a colher a partir dos 6 meses, isso para que ele desenvolvesse independência e coordenação. Nesta época, a comida que caia no chão, no sofá e na parede não me incomodava. E assim era com tudo, sempre deixei o Dudu livre para experimentar, a menos que fosse muito perigoso. Contudo, após muita sujeira, acho que joguei minha paciência junto com a comida no lixo, rs...
Com o segundo filho, fiquei menos tolerante. Não tenho mais disposição para limpar a sujeirada, fora que não tenho paciência para que uma refeição dure 40 minutos! Percebi que não tenho deixado o Guilherme ser independente em vários momentos. Por exemplo, na hora de comer. Vi que o menino demonstra vontade de pegar na colher e comer. Contudo, não tenho deixado, pois isso significa 70% da comida no chão, roupa, sofá e parede. Acho que gastei toda a minha disposição para essas atividades experimentais com o bebê Dudu, rs...
Além disso, tenho medo de estar prejudicando o Guilherme com meus excessos de “não pode”. Acho que um “não pode” quando a criança tende a se machucar é bem vindo, mas um “não pode” só porque a criança vai se sujar é ruim. Além da criança não desenvolver toda sua potencialidade, fica extremamente dependente. Para mim, uma das melhores coisas é a independência, deve ser por isso que gosto mais da fase a partir dos 2 anos. Rs...
Planos. Em decorrência dessa constatação, minha atuação de mãe meio ruim, decidi iniciar o projeto Guilherme independente. Com a ida do Dudu à escola, a babá ficará só para cuidar do Guilherme. Pedi que ela começasse o desfralde bem lentamente e já vimos um progresso imenso. Tentarei me policiar para parar de dizer, sempre que o Guilherme tenta fazer alguma coisa nova, aquele sonoro: - Cuidaaaaado! Vc vai cair/se machucar/quebrar! Falo isso demais, o menino não pode fazer nada que fico dizendo isso.
* O Guilherme é mais obediente, menos afoito e menos ativo que o Dudu na mesma idade. Ao ouvir meus “não pode” e “cuidado”, o bebê logo desiste de tudo que ia fazer. Aí, caio em mim e me crucifico, rs... Ao ler o blog do Ric da Aline, constatei que eu precisava fazer a mesma coisa que a Aline.
Sem o irmão. Nas tardes de ausência do Dudu, desenvolverei umas atividades para a babá fazer com o Guilherme. Já pedi que ela o deixasse livre debaixo do bloco e no parque. Ele terá oportunidade de comer sozinho e fazer toda bagunça que quiser em prol do seu desenvolvimento, rs...
Sou tão neurótica...rs... Eu e essa minha mania de achar que TODA a vida dos meninos dependerá do que faço ou deixo de fazer, rs... Pais mais experientes me disseram que os filhos vêm prontos, agora acreditar nisso, acho que só daqui a 30 anos, rs... * Beijos a todas.
 Às 14:08
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